Sábado pela manhã nessas férias, acordamos cedo e resolvemos ir passear. Resolvemos ir à Morretes, uma cidadezinha do litoral. Cidade do turismo, do barreado e do artesanato. Você já gostou do trajeto de ida. Com seu olhar atento pela janela e querendo vento, tudo era diversão, desde o que você via, incluindo os papéis que você confundia com passarinho ou gato talvez, até sua primeira passagem pela balsa.
Fizemos questão de mostrar para você as paisagens, o mar e tudo que podíamos. Passeamos pelo centro da cidade, um pouco com ela a pé e outro pouco com você no colo. Você se divertiu com pombinhas nas ruas de pedras e na pracinha. Viu o rio e aproveitou um pouco do gramado nas margens do rio Nhundiaquara. E depois? O típico barreado. Não, você não comeu, mas foi a sua primeira ida a um restaurante. Como você era pequena, tentamos levá-la e deixar ao lado da mesa. Que pena que tem restaurantes que não autorizam.
Como estava calor, demos comida para você no carro, estacionamos embaixo de uma árvore bem grande e com aquela sombra e deixamos as janelas do carro semi-abertas pois pensamos que ficaria bem. Morri de medo. Pela possibilidade de um roubo seu e ou do veículo. Mas essa situação foi só temporária e rápida. Em pouco tempo conversarmos com o pessoal do restaurante, que também é o hotel. E sim, há gente no mundo com muito coração para com os animais. Aí eles ofereceram que você ficasse em um dos quartos do hotel enquanto nos comíamos.
Tiramos você do carro rapidinho, levamos para ele. E ele levou para os seus aposentos temporário. Até hoje não sabemos o que se passou naquele quarto, já que não avisamos que você subia na cama mesmo com aquele tamaninho e já fazia muita bagunça. O que será que você fez? Mas aí, você voltou para os nossos braços após o almoço, bem feliz.
Nas próximas vezes, já não deu para você ficar mais em um quarto. Sim, você deve ter aprontado alguma. Eles tinham um canil mas só tinham cachorros maiores, aí então surgiu o esquema deles com agente: passar você seja rapidinho pela sala sem que muitos percebam, seja passar você pela varanda. A regra era clara: você tinha que ficar no cantinho. E você ficava. Bem alegre e faceira vendo o rio, comendo sua comidinha, com a tradicional banana, e muita água fresca.
Na volta, ficamos com vontade que você experimentasse água de côco. Já não era mais uma vontade nossa de tomar ou de fazer algumas coisas. Tínhamos vontade de mostrar para você o que era o mundo e o que era nosso mundo. Paramos numa barraquinha de beira de estrada. Compramos dois côcos, um para ninha mãe e outro pra mim. E ela daríamos um pouquinho para você experimentar, afinal você é só um bebê com menos de dois meses. Mas juro que nunca vi um bebê tomar tanta água. Você adorou e no final, nós praticamente não tomamos. A partir daí entendemos que comprar côco já não era mais apenas dois: deveria ser três, considerando um para cada. E fizemos isso até o final…
Nota:
Hoje em dia, que bom que há lugares que autorizam a entrada de animais. Ela aprendeu a frequentar cafés e restaurantes, shoppings, lojas, inclusive lojas de departamento, tecidos, artigos para casa e lógico, petshops.